quinta-feira, março 19, 2009

O Alquimista - Paulo Coelho

Hoje decidi fazer referência ao livro que está no nº 1 das minhas preferências desde que o li pela primeira vez. Falo do "O Alquimista" de Paulo Coelho.
Decidi fazer referência a este livro porque hoje talvez mais que outros dias senti a absoluta necessidade de ir atrás dos sonhos por mais difíceis que me parecessem.
Na verdade parte do meu futuro surge-me aos olhos de modo incerto. No baloiçar da corda bamba para que lado irei cair?
Gosto de pensar que caírei para o lado certo, seja ele qual for.
É aqui, no limiar da instabilidade, que entram os sonhos, para viciarem a minha forma de pensar e assim arranjar forças para lutar.
Hoje questiono a minha existência, hoje descubro os meus sonhos...


Sinopse do livro "O Alquimista" de Paulo Coelho:

"Conta a história de Santiago, um pastor andaluz que abandona a sua terra natal e viaja pelo Norte de África em busca de uma quimera - um tesouro enterrado sob as pirâmides. Nesta viagem, conhece uma jovem cigana, um homem que diz ser rei e um alquimista, que o vão ajudar na sua busca. Ninguém sabe exactamente o que é um tesouro nem se Santiago conseguirá ultrapassar todos os obstáculos da sua travessia do deserto. Mas aquilo que começa por ser uma aventura por locais exóticos para procurar a riqueza material, acaba por se transformar numa viagem de descoberta de si mesmo e da riqueza da alma humana. O Alquimista recria um símbolo intemporal que nos recorda a importância de seguir os nossos sonhos e ouvir a voz do coração."



Olhar ao imaginário

No calor do teu corpo queria pousar depois de guardar um beijo teu em meus lábios. Queria dizer-te “Boa noite” num sussurro ao ouvido e sentir o teu cheiro uma última vez antes do adormecer.
Este é o meu imaginário, chegar a casa todos os dias e ver-te, umas vezes sorrindo, outras vezes séria, resmungona ou carinhosa, não importava. Queria apenas sentir-te perto. Tocar-te ao de leve no cabelo ajeitando-o por detrás da orelha de forma a descobrir esses teus olhos únicos e dizer-te “Estás linda” ou perguntar com serenidade “Como correu o teu dia?”.
Palavras doces sairiam pelo meio de conversas fáceis e o nosso mundo se entranhava um no outro um pouco mais. O jantar passava-se comigo a olhar-te vezes sem conta. Nunca perderei o meu olhar do teu. A harmonia estaria instalada.
Levava-te para a cama dançando sobre ti. Tu sorrias e acompanhavas-me com os teus olhos. Tropeçava num dos tapetes, quase caia. Tu soltavas uma gargalhada que entoava pela casa. Sentias-te feliz. Eu sorria dentro de mim, decerto os meus olhos brilhariam, suspirava à medida que me aproximava em passos lentos de ti. Tocava-te, apanhava-te no meu abraço e beijava-te os olhos. Tu recolhias-te em mim e deixavas-te levar. Caíamos os dois suavemente sobre a cama como penas brancas a caírem dos céus. Ficávamos ali segundos longos, talvez minutos olhando o tecto vazio, sorrindo. Tu viras a face para mim, eu acompanho-te e viro o meu corpo na direcção do teu. Olho-te os olhos e digo-te “Amo-te”. Nada mais se diz na noite pois acabaras de adormecer com um sorriso.