Solta-me destas correntes, velhas e enferrujadas, presas aos meus membros esgotados de força. Solta-me desta cela, húmida e vazia, que me tira o calor da luz púra do sol. Quero fugir desta tremenda solidão que me devasta dia após dia sem nunca cessar, sem nunca abrandar. Destrói-me, mata-me, isola-me. Levanta-me deste chão duro e gélido ao qual o meu corpo já se acostumou. Segura minha mão que ergo aos céus na desesperada busca da salvação, podias ser tu a minha salvação, podias ser tu que davas de novo a dádiva da vida, do amor. Tira-me daqui, deste pernicioso local, deste horrível terror que me violenta os olhos uma vez mais. Uma vez mais…
As sombras, negras e pesadas, são a minha terna companhia, mas não falam nem me tocam. Deixem-me aqui, neste canto, só. Deixem-me aqui de joelhos dobrados e cabeça baixa ouvindo somente o barulho do vento lá fora, esvoaçando e abanando, sem nunca parar, sem nunca desistir, como tu fizeste.
Perdi a força nas pernas, tremem assim que me ergo e luto, sim luto para continuar em pé, mas a força que a terra exerce sobre mim é mais forte que a vontade, que o desejo, que o amor, que a vida. Tantas vezes caí neste chão que o meu corpo já se habituou à dor da queda, do embate, do choque.
Eleva-me para os céus, pois a terra já é demasiado horrível para mim, já esgotei a vontade de ama-la, de venerá-la. Só os céus me podem salvar. Sem salvação, então enterra-me, mistura-me com o negro pesado da terra preta orgânica mas fecha-me os olhos para eu não conseguir ver a minha morte, tapa-me a boca para eu não conseguir gritar da dor, do sofrimento, rompe os meus tímpanos para eu não conseguir ouvir o barulho da terra cair sobre mim. Mata-me de vez, mata-me ou salva-me, pois eu já não aguento mais este tormento de ver esgotar os segundos do tempo eterno.
As sombras, negras e pesadas, são a minha terna companhia, mas não falam nem me tocam. Deixem-me aqui, neste canto, só. Deixem-me aqui de joelhos dobrados e cabeça baixa ouvindo somente o barulho do vento lá fora, esvoaçando e abanando, sem nunca parar, sem nunca desistir, como tu fizeste.
Perdi a força nas pernas, tremem assim que me ergo e luto, sim luto para continuar em pé, mas a força que a terra exerce sobre mim é mais forte que a vontade, que o desejo, que o amor, que a vida. Tantas vezes caí neste chão que o meu corpo já se habituou à dor da queda, do embate, do choque.
Eleva-me para os céus, pois a terra já é demasiado horrível para mim, já esgotei a vontade de ama-la, de venerá-la. Só os céus me podem salvar. Sem salvação, então enterra-me, mistura-me com o negro pesado da terra preta orgânica mas fecha-me os olhos para eu não conseguir ver a minha morte, tapa-me a boca para eu não conseguir gritar da dor, do sofrimento, rompe os meus tímpanos para eu não conseguir ouvir o barulho da terra cair sobre mim. Mata-me de vez, mata-me ou salva-me, pois eu já não aguento mais este tormento de ver esgotar os segundos do tempo eterno.
2 comentários:
Não se assustem. É mera força de expressão. Não quero partir porque gosto tanto de viver...
Bem!!!! De queixo caído! Eheheheehehe Quem diria que o meu Amigo de humanidades se torna-se num Eng.º todo dado á filosofia! Eheheheeh Pois é, á momentos na vida que é inevitável fugir de tais sentimentos e angústias. Mas também é exactamente esses sentimentos que dão sumo e sabor a está vida de passagem. Pois não daríamos valor ao Amor se não tivéssemos antes sentido o ódio, não sentiríamos o frio sem antes sentir o calor, não saberíamos distinguir a amizade se não conhecemos a infidelidade e traição! A vida é um banquete com coisas boas e coisas más, o importante no final é saborearmos o que mais gostamos desse banquete! Abraço, fica bem! ;)
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