sexta-feira, setembro 15, 2006

Perdi-te

" Na obscuridade do tempo presente é preciso saber estar para saber viver. Vivemos viciados numa sociedade que nos consome os sentimentos. É hora de acordar e começar a vive-los.
Não posso limitar-me à falta de liberdade que me tentam incutir. Posso não sorrir mas consigo amar. Ainda te amo como se ainda vivesses comigo.
Os dias não fazem sentido se seguir a ordem directa das coisas, se fingir que o mundo me agrada quando só penso em ti. Para quê ignorar o facto de sentir-me só se estou só. Estou só…
O bater do coração torna-se doloroso assim que o suspiro se prende em mim e tu apareces na minha mente. Torna-se grotesco a imensidão da solidão no opaco mundo de ideias trocadas. Saio à rua em plena noite de lua cheia, chamei os deuses à terra, os anjos de bata branca e longas asas, não existem mas eu os crio em perfeição. Torno a noite bela, mas a noite não passa de uma criação pura e fértil.
Perdi-te na escuridão de uma noite, vendi a minha alma ao desconhecido, escondi o meu corpo da multidão e numa só noite tornei-me ninguém neste mundo passageiro. "

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