The Blower's Daughter - Damien Rice

É sempre bom descobrir um som novo, dá-nos sempre algo mais para completar as nossas vidas.

Hoje através do blog de uma amiga minha descobri Damien Rice e descobri também a versão Inglesa de uma música tão conhecida dos Portugueses e dos Brasileiros que eu tanto gosto : "É Isso Aí" de Ana Carolina e Seu Jorge.

"The Blower's Daughter" a versão original de Damien Rice é uma música inspirada na filha de seu professor de flauta e é um original de 2001, além disso, podemos ouvi-la também no filme "Closer".

Adorei simplesmente as duas versões.

É isso aí!

Como a gente achou que ia ser

A vida tão simples é boa

Quase sempre

É isso aí!

Os passos vão pelas ruas

Ninguém reparou na lua

A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar

Eu não sei parar de te olhar

Não vou parar de te olhar

Eu não me canso de olhar

Não sei parar

De te olhar

É isso aí!

Há quem acredite em milagres

Há quem cometa maldades

Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí!

Um vendedor de flores

Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar

Não sei parar de te olhar

Não vou parar de te olhar

Eu não me canso de olhar

Não vou parar de te olhar

É isso aí!

Há quem acredite em milagres

Há quem cometa maldades

Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí!

Um vendedor de flores

Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar

Eu Não sei parar de te olhar

Não vou parar de te olhar

Eu não me canso de olhar

Não vou parar de te olhar

"É Isso Aí" de Ana Carolina e Seu Jorge

Vai-se andando

José Pedro Gomes, depois do espectáculo «Coçar Onde É Preciso», em 2005, continua a tentar perceber o que faz de nós um povo tão especial. Realmente, que nos leva a conseguir fazer coisas que mais ninguém faz? De uma forma que noutros países tem resultados totalmente diferentes. O que nos faz sermos melhores ou piores do que os outros? O que é que nos faria ser muito melhores? Quais são as pequenas arestas a limar para ficarmos perfeitos? São nos pormenores que nos distinguem dos outros povos que José Pedro Gomes se volta a debruçar, com a ajuda de vários portugueses que têm opiniões muito interessantes: Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl. O resultado é «VAI-SE ANDANDO» numa encenação de António Feio.

Encenação - António Feio | Textos de - Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl | Cenário - Marta Carreiras | Música - Alexandra Manaia | Vídeo - Tiago Forte | Figurinos - Bárbara Gonzalez Feio | Desenho de Luz - Luís Duarte | Ass. Encenação - Sónia Aragão

http://www.coliseudoporto.pt/net/desenvEvento.aspx?c=481&a=1890

Hearing Damage - Thom Yorke

Sei que "Hearing Damage" do Thom Yorke não será certamente uma música transversal que percorre os gostos de toda a gente ora por ter uma melodia melancólica ora por ter na sua essência uma base quase depressiva. No entanto, eu sempre fui fã de toda a música dos Radiohead e em particular da voz do seu vocalista Thom Yorke que neste caso a solo e para minha surpresa editou esta música para o filme "Lua Nova" da saga Twilight. Sem nunca a ter ouvido fui capaz de a reconhecer de imediato no filme. Adorei e a mim não me "feriu os ouvidos".

A tear in my brain

Allows the voices in

They wanna push you off the path

With their frequency wires

And you can do no wrong

In my eyes

In my eyes

You can do no wrong

In my eyes

In my eyes

A drunken salesman

Your hearing damage

Your mind is restless

They say you�re getting better

But you don�t feel any better

Your speakers are blowing

Your ears are wrecking

Your hearing damage

You wish you felt better

You wish you felt better

You can do no wrong

In my eyes

In my eyes

You can do no wrong

In my eyes

In my eyes

In my

In my eyes

In my eyes

In my eyes

"Hearing Damage" de "Thom Yorke"

Correr o risco de viver seus sonhos

Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.

Charles Chaplin

Paulo Coelho

Uma filosofia de vida...

"O mundo está nas mãos

daqueles que têm a coragem de sonhar

e de correr o risco de viver seus sonhos."

Paulo Coelho

Hands On Approach

No Domingo de madrugada vinha eu a caminho de casa depois de uma festa de anos de uma amiga minha e com o cansaço nas pernas e o sono a pesar nos olhos fazia-se adivinhar um caminho penoso até chegar à minha tão esperada cama. No entanto, na rádio começava a tocar "Let's be In Love" dos Hands on Approach. Ora como gosto da música ela me acompanhou nos segundos do seu tempo enquanto eu furava a noite a toda a velocidade.

Logo na hora decidi colocar a música no blog mas seria um tanto ao quanto injusto se não colocasse outras duas grandes músicas da banda : "If You Give Up" e "My Wonder Moon".

Aqui ficam então estas três músicas para apreciarem tanto como eu as aprecio : ;o)

"If You Give Up"

"Let's Be In Love"

"My Wonder Moon"

Coisas do Mar

We Can Do Anything - Mikkel Solnado

A música que deixo para o dia de hoje é uma música do filho do Raul Solnado : "We Can do Anything". Uma grande música apropriada para o Verão de 2010 que vem aí caminho. ;)

Podemos deixar-nos levar lentamente mas é preciso saber que podemos fazer tudo o que quisermos. Por isso, façam o que lhes vai na alma e sejam felizes.

We can do anything at all

Just as long as we stand tall

We can go anywhere from here

Just as long as you’re near

Whenever I’m around you

It all seems so clear

If I wasn’t such a fool

I’d kiss your lips, my dear

We could be the future and the past

…Just as long as we can make it last

We could just let go, very slowly

Cause right now you’re filling my head

With so many silly questions

About human chemistry

They’re making me uneasy

And soft in my knees

When your heart is trying to tell you something

Not that far from the truth…just do it

And if you try to make the right decisions

based on what you’re made of…remember

We can do anything at all

Just as long as we stand tall

"We Can Do Anything" de Mikkel Solnado

Visitem o site : http://www.myspace.com/mikkelsolnado

Finalmente chegou...

É preparar a champagne...

Hum, talvez não seja caso para tanto mas acho que pelo menos para mim é, ;) porque após vários meses de espera, de luta intensiva e de preocupações o carro finalmente chegou às minhas mãos. Hoje de manhã mal podia acreditar que depois de longos 6 meses de espera e de tanta teimosia minha o carro finalmente estava em meu poder. Agora é só aproveitar e acelerar (mas com cuidado digo eu eheh).

Foi uma luta e tanto mas valeu a pena esperar porque afinal de contas este era o carro que eu tanto queria e no fim de tudo não defraudou as minhas expectativas.

Don't Cry

Comecei a apreciar música no inicio dos anos 90. No entanto, o que sabia eu na altura quando mal saída de casa? Nada. Assim, nos inícios dos anos 90 a minha influência era a minha irmã mais velha e os meus gostos musicais cresceram a partir dos gostos dela. Na altura, ainda teenager a minha irmã ouvia bandas como Gun's and Roses, Nirvana e Pearl Jam (entre outras bandas não tão importantes para mim) e estas bandas permaneceram em mim desde essa altura.

Os CD's "Use Your Illusion I" e "Use Your Illusion II" dos Gun's and Roses acompanharam-me durante bastante tempo e ainda hoje me lembra as noites de Verão na casa de praia a ouvir a música que vinha do quarto ao lado, o das raparigas, porque só elas tinham rádio. "Don't Cry" ou "November Rain" para sempre ficarão como as minhas preferidas.

Aqui deixo a música "Don't Cry" também na voz da Lusa-Americana "bELA": (Pode-se dizer que não fica em nada atrás do original):

Se quiserem ouvir algo mais do Rock de bELA : http://www.myspace.com/belafanbase

Precious

Porque me despertou a atenção e não consegui ficar indiferente, porque realmente é uma história que nos choca e nos revolta, "Precious" será o meu próximo filme a ir ver ao cinema.

Precious
Realizado por Lee Daniels
Com Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton, Mariah Carey
Género – Drama
Duração – 110 Min.
País de Origem – EUA

Sinopse – A viver no bairro pobre de Harlem, em Nova Iorque, Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe) é uma mãe adolescente de 16 anos, negra, analfabeta e obesa, a sofrer de todo o tipo de maus-tratos pela própria família. Inserida num programa de alfabetização para adultos, ela vai, pela primeira vez, conhecer o amor e a amizade através de Ms. Rain (Paula Patton), uma professora determinada a ensinar-lhe o quão preciosa é a vida.

Riscos

Quando uma amiga minha colocou no blog dela a música "Not an Addict" dos K's Choice (música da década de 90) veio a mim um sentimento de nostalgia e imagens desses tempos percorreram a minha mente, especialmente do ano de 1997.

1997 foi para mim um bom ano. Sei que já vai longe mas esse ano ficou marcado dentro de mim por várias situações. Uma delas foi o ano em que os "Texas" lançaram o seu single "Say What You Want", que foi uma das músicas que mais me marcou e na minha opinião foi uma das grandes músicas da década de 90.

Algo mais que me marcou desse tempo foi a série "Riscos" que se estreou na televisão Portuguesa também no ano de 97 e que falava sobre a adolescência e os seus problemas. Para os mais novos que nunca viram Riscos e para entenderam era tipo uns "Morangos Com Açúcar" mas num formato exclusivamente de série (quase à moda americana) e não tipo telenovela banalizada como os morangos (não querendo ofender ninguém).

Como todos os fãs de Riscos sabem "Say What You Want" era uma das principais músicas que dava nos episódios de "Riscos" e é por isso que na minha mente a música e a série estão associados um ao outro e boas recordações me dão.

Somente para recordar aqui deixo o genérico de RISCOS:

E tu? O que te recordas da tua juventude?

INVICTUS

"Recentemente eleito Presidente, Mandela sabia que a nação continuava racista e economicamente dividida, fruto do apartheid. Acreditando que poderia unir o seu povo através da linguagem universal do desporto, Mandela apelou à equipa de rugby, que fez uma improvável caminhada até à Final do Campeonato do Mundo de 1995."

Chama-se 'Invictus' o novo filme de Clint Eastwood. A palavra que significa 'invicto' é o título de um poema do escritor inglês Henley. O texto inspirou Nelson Mandela e ajudou-o durante o tempo que passou na prisão.

A longa-metragem conta-nos como a equipa de rugby da África do Sul se tornou motivo de orgulho de uma nação dividida pela questão racial, numa altura em que o país ainda recuperava do apartheid.
A obra conta com as participações de Morgan Freeman, no papel de Nélson Mandela e Matt Damon como François Pienaar, o capitão da selecção de rugby da África do Sul.

Ainda a alguns dias atrás coloquei um post sobre os filmes de 2009 e comentei inclusive não ter sido um grande ano a nível cinematográfico, pois bem, "Invictus" destaca-se por completo dos restantes filmes uma vez que é uma obra absolutamente fabulosa e com interpretações brilhantes principalmente de Morgan Freeman. Na minha opinião Invictus e Morgan Freeman são os grandes favoritos para os Óscares de 2010.

Para mais informações sobre os Óscares 2010 :

http://portalcinema.blogspot.com/2009/10/oscares-2010-os-principais-candidatos.html

Heartbeat - Nneka

Ouve o coração bater...

Deixa-te levar pela sua batida...

"Heartbeat" é a música que hoje mais ouvi e por não conseguir ficar indiferente ao ritmo da música decidi colocar no blog.

Numa voz muito africana, num ritmo entre o africano e o pop Nneka surgiu-me como algo diferente e agradável ao ouvido. A não perder outras músicas da sua autoria como : "Come with me", "Mind vs. heart", "The unconfortable truth", "Suffri" entre outras que só agora conheci.

Letra da música “Heartbeat” da cantora Nneka em inglês:

You said you’d be there for me

In times of trouble when I need you and I’m down

And likewise you need friendship

It’s from my side pure love but I see lately things have been changing

You have goals to achieve

But the roads you take abroad and heartless

That wants you make another way

You throw stones

Can you see that I am human I am breathing

But you don’t give a damn

Chorus

Can you feel my heart is beating?

Can you see the pain you’re causing?

Can you feel my heart is beating?

Can you see the pain you’re causing?

Blood, blood, blood…. keeps rushing

And now the world is asleep

How will you ever wake her up when she is deep in her dreams, wishing?

And yet so many die

And still we thing that it is all about us

It’s all about you

You sold your soul to the evil and the lust

And the passion and the money and you

See innocent ones die, people hunger for decades

Suffer under civilized armed robbers, modern slaveholders

Chorus

Blood, blood, blood…. keeps rushing

Evaded, eliminated, erased, interrogated

Our tradition, our love for our fellow countrymen,

Our property, our resources – our pride

Can you feel my heart beating?

No, no, no…. you don’t

Chorus

Tradução para português:

Você disse que estaria ao meu lado

Em momentos de angústia quando eu preciso de você e eu

estou triste

E também você precisa de amizade

É puro amor do meu lado, mas eu vejo que coisas têm

sido mudadas ultimamente

Você tem metas a alcançar

Mas a estrada que você percorre no exterior e sem compaixão

Deseja que você faça um outro caminho

Você atira pedras

Você não pode ver que eu sou humano e estou respirando

Mas você não dá a minima …

Coro

Você pode sentir o meu coração batendo?

Você pode ver a dor que está causando?

Você pode sentir o meu coração batendo?

Você pode ver a dor que está causando?

Sangue, sangue, sangue …. mantém apressando

E agora o mundo está dormindo

Como você vai acorda-la quando ela esta profundamente em

seus sonhos, desejando?

E ainda assim muitos morrem

E ainda achamos que tudo se trata sobre nós

É tudo sobre você

Você vendeu sua alma ao mal e à luxúria

E a paixão e o dinheiro e você

Ver os inocentes que morrem, as pessoas com fome

durante décadas

Sofrem sob civilizados assaltantes armados,

traficantes de escravos modernos

Coro

Sangue, sangue, sangue …. mantém apressando

Fugidos, eliminados, apagados, interrogados

A nossa tradição, o nosso amor para com nossos

compatriotas,

Nossa propriedade, os nossos recursos – o nosso

orgulho

Você pode sentir meu coração bater?

Não, não, não …. você não

The Tiny Room

"Os The Tiny Room surgiram em Março de 2008. O trio formado por Eurico Barros na voz e guitarra, Catarina Vilaça nos teclados e João Almeida no baixo, compõe canções simples, com sonoridade indie pop/rock. Os seus temas são originais e melódicos e têm o objectivo de não passarem despercebidos a quem os ouve."

É desta forma que são apresentados no folheto informativo da Fnac. "Procurando sair da sala minúscula" assim se auto-apresentam no seu espaço pessoal, mas para mim, Eurico é um amigo dos tempos do Karaoke, e, a sua música fácil de ouvir descontrai e preenche a alma. No portefólio da banda podemos encontrar músicas como "What I Want to Have", "Soul Machine", "The Happiest Felling" ou "Memories Won't Come" entre outras novas que ouvi pela primeira vez no dia de ontem na Fnac do Sta Catarina. Num concerto intímista, numa sala a fazer jus em certa parte ao nome da banda os "The Tiny Room" deixaram o seu som e a sua essência. Não pude deixar de reparar naqueles que se deixaram ficar na sua mesa depois do café a ouvir atentamente o som melódico e harmonioso. Parabéns pelo concerto, e acredito que a seu tempo sairão da pequena sala e as portas de Portugal e quem sabe do Mundo se abrirão. O caminho será longo e talvez dificil mas quando se faz com gosto tudo se torna mais fácil.

Foi uma tarde agradável e dia 20 lá estarei no Norteshopping para um outro concerto. Espero desta vez não me esquecer da câmara de fotografar para tirar umas fotos para mais tarde recordar.

Próximos Espectáculos :

30 Jan 2010 22:00 Live Rock Bar Braga, Braga
07 Fev 2010 17:00 Fnac Sta Catarina porto, Porto
20 Fev 2010 22:00 Fnac Norteshopping Matosinhos, Porto
27 Fev 2010 22:00 Fnac Marshopping Matosinhos, Porto
28 Fev 2010 17:00 Fnac Gaiashopping V.N.Gaia, Porto

http://cultura.fnac.pt/Agenda/fnac-porto/fnac-sta-catarina/2010/2/1/the-tiny-room

A não perder uma visita o site da banda :

http://www.myspace.com/thetinyroom

ou

http://www.rrw.pt/mystical_sound

No Horizonte

Just Say Yes - Snow Patrol

"Just Say Yes" dos Snow Patrol é a música que escolhi para o dia de hoje.

E porque não?

;o)

I’m running out of ways to make you see

I want you to stay here beside me

I won’t be ok and I won’t pretend I am

So just tell me today and take my hand

Please take my hand

Please take my hand

Just say yes, just say there’s nothing holding you back

It’s not a test, nor a trick of the mind

Only love

It’s so simple and you know it is

You know it is, yeah

We can’t be to and fro like this

All our lives

You’re the only way to me

The path is clear

What do I have to say to you

For Gods sake, dear

For Gods sake, dear

For Gods sake, dear

For Gods sake, dear

For Gods sake, dear

Just say yes, just say there’s nothing holding you back

It’s not a test, nor a trick of the mind

Only love

Just say yes, coz Im aching and I know you are too

For the touch of your warm skin

As I breathe you in

I can feel your heart beat through my shirt

This was all I wanted, all I want

Its all I want

Its all I want

Its all I want

Its all I want

Just say yes, just say there’s nothing holding you back

It’s not a test, nor a trick of the mind

Only love

Just say yes, coz Im aching and I know you are too

For the touch of your warm skin

As I breathe you in

"Just Say Yes" de Snow Patrol

Zumbido

Com um vestido escuro sobre a sua pele clara passa em passos de lã por entre uma multidão de corpos quentes e moribundos que bailam livremente ao sabor de uma melódica música numa sala pequena e perdida nestes confins que lhe chamo fim do mundo.

Eu deixo-me ficar de frente para o barulho, de calças de ganga azul escura, uma simples t-shirt e casaca de pele preta. Ainda trago comigo o frio de inverno, da neve intensa de lá de fora. Sinto o gelo da neve acumulada em meu cabelo derreter e escorrer por minha cara abaixo, tocam-me nos olhos. Respiro fundo. Uma abafada corrente de ar quente e húmido esbate-me no corpo vindo da multidão. Sinto o cheiro dos corpos e do aroma dos demais por entre um tímido mas resistente cheiro a madeira velha que preenche a casa.

Dois jovens de olhos pretos e mãos entrelaçadas passam à minha frente, respiram numa intimidade apaixonada, trazem o coração no olhar que lançam sobre o outro. Já não me lembra a última vez que me apaixonei com toda a força, só me lembra o presente e os devaneios sem futuro. Sinto a falta de amar, faz-me frio, faz-me ficar aqui de olhos baixos, sentindo lá longe o movimento das restantes vidas. Triste estas nossas vidas que não recebemos um abraço nestas noites de Inverno...

Gosto de traços pretos, bem definidos, por debaixo de um olhar a arranhar os demais. Gosto do olhar dos apaixonados, de todo o seu brilho, parece que têm o mar nos olhos. Gosto particularmente do toque da luz da lua no olhar. Gosto dos olhos da pequena e bela rapariga que lá longe se faz mulher perante aquela gente. São deveras os meus favoritos porque têm o encanto da menina que foi e da mulher que se tornou. Gosto da expressão que o seu olhar tem quando se deixa levar pelo som da música.

Pessoas continuam a entrar, trazem no olhar o desejo e têm os corpos vestidos de sensualidade. Corpos semi-nus prontos para se libertarem da vida real e entregarem-se à noite e à dança com dedicação e transpiração.

Uma multidão me assalta assim que o espaço começa a faltar, deixo-me levar pelo movimento dos corpos. Tocam-me vezes de mais. Sou arrastado contra a parede, bato violentamente com as costas no branco sujo. Fecho os olhos em dor, um tremor me conquista, o peito aperta e me sufoca, a respiração quase não sai, quase caio sobre o velho soalho. Abro e levo os olhos esganados ao tecto, fixo o olhar sobre um grande e portentoso lustre de cristal que ficou esquecido pelo tempo. A casa transpira história mas hoje não há história que se respeite, hoje esta casa é violentada e marginalizada. Hoje esta casa não passa de mero abrigo para jovens inconsequentes. Espero que resista. Ergo-me perante os demais e finjo ser forte. Pouso a casaca sobre um móvel encostado à parede e faço-me rebelde enquanto avanço para o centro da sala. Finto as pessoas sem medo e com coragem. O chão estremece à medida que toco na madeira velha. Liberto-me em movimentos que não controlo mas flutuo ao som da música. Mal conheço este meu lado rebelde mas hoje o mundo se cala em meu redor e apenas eu existo. É fácil.

O cabelo longo e liso solta-se num movimento e cai sobre os seus ombros despidos. De braços elevados ao ar bailando-os numa dança suave aponta discretamente os olhos para mim. Não desvio o olhar dos seus olhos, ela não recusa o toque de olhares, e sem receio, avanço em sua direcção. Toco-lhe na respiração, levo-lhe as mãos à sua barriga, encosto-me a ela e quase tocamos os rostos. Elevo-a por entre a multidão, rasgamos a sala em movimento, cruzamos os corpos, entrelaçamos os braços, finta-mo-nos vezes sem conta ao som da música que nos bate aos ouvidos. Sobre a alma se abate a euforia e na tentação dos corpos não há lucidez que resista, quase se descontrolam as emoções, quase deixo de ser rebelde. O seu perfume chega a mim aquando baixo a face ao seu pescoço, percorre-me o corpo num ápice. Quase levo os meus lábios à sua pele mas resisto à tentação e deixo somente a respiração libertar-se perto dela.

Não há como fingir o desejo e na dança dos nossos corpos resistir ao seu encanto torna-se impossível, a cada passada vejo-me à procura de um sorriso em seus lábios carnudos mas o sorriso está fechado e tímido. Deixo-me ficar pelo olhar que coloca em mim e me acompanha a todo o tempo. Porém, com o passar do tempo um mundo de gente desconhecida abafa-nos no meio da sala e limita-nos os movimentos. A sua expressão facial muda e incomodada avança por entre os gigantes e quase desaparece nas sombras. Faço um esforço em segui-la mas o meu corpo não se desloca com a mesma facilidade. Lá longe vejo-a subir a toda a velocidade umas escadas que dão para o piso de cima.

Dou com ela ao fim de alguns minutos num quarto de luz apagada, sentada ao pé da cama, virada para a janela. Entro em passos suaves, fecho a porta devagar e sento-me a seu lado. Numa intimidade desconhecida ficamos ali sentados no escuro e em silêncio a olhar a neve cair pela janela enquanto o chão apenas estremecia ao ritmo da música lá de baixo. Dispo-me de rebeldia e aqueço-a num abraço enquanto ela pousa a cabeça em meu peito. Ao fim de alguns segundos deixa-se cair sobre as minhas pernas e coloca os olhos no tecto de madeira. Quase mal falamos, apenas frases soltas eram proferidas mas só os olhos diziam algo que queria mesmo ouvir. Era o brilho no seu olhar que me cativava segundo após segundo. Ficamos ali os dois deitados, corpos juntos, ela virada para cima e eu para baixo com o rosto pousado sobre um dos braços. Apaixonei-me de verdade e a meio de uma frase que já mal conseguia ouvir por tão cego estar lhe roubo um beijo que ela agarrou com toda a força como se fosse tudo o que desejasse e esse beijo perdurou por toda a noite em nossos lábios. Não descolei os meus lábios dos seus e os nossos olhos não mais se abriram, em seu corpo pousei o meu e a roupa rasgada ficou esquecida a um canto. Batia forte o seu coração em explosões sucessivas até ao momento em que do cansaço adormeceu para logo de seguida eu a acompanhar.

Não importa se os ouvidos doiem ou o corpo se recente. A brutalidade do momento é vivida até à exaustão sem controlo nem limites. Assim, os corpos se unem vezes sem conta numa dança pura e limpa e para lá de tudo que se possa pensar ou dizer, não há palavras que nos possam julgar, porque a vontade que cá dentro vive é o que comanda a vida, sem pesar nem receios, e tudo o que fica ao acordar é apenas um zumbido constante nos ouvidos feridos porque as almas essas saem rejuvenescidas e os corações esses saem imaculados. No entanto, é tudo tão fútil que acabamos sempre vazios, perdidos no nosso próprio terror, numa solidão que nos conquista sem pesar e tudo perde encanto ao amanhecer quando dos olhos se abrem à luz do sol e se mostram as verdadeiras caras sem sombras nem maquilhagem e assim as histórias se perdem por entre os dedos e não permanecem para eternidade, não há história que fique para a eternidade, talvez esta casa velha fique para sempre na memória mas o resto esvoaça-se tão rápido como o vento que passa por mim.

Porém, ela ficou a meu lado, agarrada à minha mão mesmo depois do acordar. Ficou ali longos segundos a segurar-me e eu senti o seu coração bater uma vez mais intensamente. Não tive vontade de ir embora como outras vezes o fiz porque hoje acordei com um sorriso nos lábios e um abraço que aquece cá dentro. O vento que veio de um vidro partido na janela limpou-lhe a cara e abriu-lhe os olhos. Eram os mesmos da noite anterior para minha surpresa, tinham uma doçura que já me esquecia. Deixo um sorriso ao seu acordar e deixo-me ficar, tudo o resto pode esperar, porque tudo o que quero agora é viva-la sem egoísmos. Não lhe espero a eternidade, espero somente estes segundos do seu tempo e da sua companhia, e, com isso sei que serei feliz para toda a eternidade porque comigo levarei sempre algo que nunca mais conseguirei esquecer.

Cinema 2009

2009 chegou ao fim e somente agora é que tive um pouco de tempo livre para poder dedicar-me um pouco mais ao blog e aproveitarei este tempo para fazer um sumário dos filmes que me apaixonaram ou simplesmente me cativaram no ano passado ou nestes últimos tempos.

Ok, primeiro de tudo para minha insatisfação penso que 2009 não foi um grande ano para a industria cinematográfica. Penso que apesar da grande oferta de filmes a sua qualidade na grande generalidade foi muitas vezes duvidosa e não valeriam a pena ser visto nos cinemas se não fossem o balde de pipocas quentes e caramelizadas dos cinemas UCI em Vila Nova de Gaia. Mesmo assim, como grande admirador de cinema e não muito exigente elaborarei a seguir o meu TOP-5 do ano que passou. Não sou muito fã de listas porque muitas vezes acabam por ser injustas, ora porque um filme que gostamos ficou de fora, ora porque por vezes os filmes podem não ser comparáveis devido à categoria a que se insere ou mesmo porque a altura das nossas vidas em que vemos o filme influenciar a nossa decisão. Isolando-me desses factos descreverei apenas e só apenas aqueles que me tocaram cá dentro com mais impacto não avaliando a qualidade do filme.

Filmes que me marcaram em 2009:

1. Gran Torino

- Clint Eastwood

- 12 de Março de 2009

Na verdade "Gran Torino" é um filme de 2008 mas que só estreou nas salas de cinema apenas em 2009. Este filme foi o que mais me inspirou em 2009 e fez-me tornar ainda mais fã de Clint Eastwood como realizador. Uma obra prima.

2. Slumdog Millionaire (Quem quer ser Bilionário)

- Danny Boyle e Loveleen Tandan

- 5 de Fevereiro de 2009

Outro filme de 2008 mas que no entanto só estreou em 2009. Uma filme que nos dá a conhecer uma realidade, o melhor e o pior da India. Uma grande história de luta e de amor.

3. Avatar

- James Cameron

- 17 de Dezembro de 2009

Valeu por tudo e talvez tenha sido o filme de ficção que mais gente contagiou. Uma boa história, com uma bela história de amor. Sem duvida uma grande criação e de grandes efeitos visuais. O mundo criado é sem duvida alguma extremamente cativante e em 3D tudo ganha mais encanto.

4. Up in the Air (Nas nuvens)

- Jason Reitman

- 21 de Janeiro de 2010

Apesar de só ter estreado em 2010 decidi colocar este filme por ter sido o último filme que me cativou. Gostei imenso do papel desempenhado por George Cloney. Este filme é uma lição de vida. A não perder.

5. Vicky Cristina Barcelona

- Woody Allen

- 22 de Janeiro de 2009

Outro filme de 2008 que somente estreou em 2009. Apesar de não estar ao nível de outros filmes de Woody Alen como "Macth Point" achei deveras interessante. Foi arriscado a junção de um trio amoroso mas penso eu que foi bem sucedido.

Noutras categorias gostaria de destacar "ABC da Sedução" e "A ressaca" dois filmes de rir absolutamente fabulosos. De rir do inicio ao fim.

Para lá desta lista havia um conjunto de filmes que gostaria de ter visto e que possivelmente poderiam ter entrado neste Top-5 contudo não tive a possibilidade de os ver no cinema como é o caso de "Sacanas Sem Lei", "O Rapaz do Pijama às Riscas", "A Troca" entre outros.

Para além destes, há alguns filmes de 2009 a estrear como "Invictus" que relata um pouco da vida de umas das figuras do século passado "Nélson Mandela".

Movimento Perpétuo Associativo - Deolinda

Bem, com todos estes problemas e com todas estas desculpas relativas ao atraso do carro fez-me lembrar uma música de 2008 dos Deolinda que acho uma imensa piada: Aqui vos deixo neste post o "Movimento Perpétuo Associativo" que na minha opinião descreve em boa fidelidade um comportamento muito típico e enraizado do povo Português que é a teoria do "deixa andar". Embora isto não se aplique a toda a gente acho que neste momento também serve para mim pela minha atitude demasiado passiva no decorrer destes problemas. Não deveria ser assim mas à que fazer pressão se queremos ver as coisas andar.

Agora sim, damos a volta a isto!

Agora sim, há pernas para andar!

Agora sim, eu sinto o optimismo!

Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...

-Agora não, que é hora do jantar...

-Agora não, que eu acho que não posso...

-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!

Agora sim, há fé neste querer!

Agora sim, só vejo gente boa!

Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...

-Agora não, dizem que vai chover...

-Agora não, que joga o Benfica...

e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!

Agora sim, eu sinto a união!

Agora sim, já ouço a liberdade!

Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...

-Agora não, que o meu pai não quer...

-Agora não, que há engarrafamentos...

-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

"Movimento Perpétuo Associativo" em "Canção ao Lado" dos Deolinda.

Já agora, para quem quiser saber mais sobre os Deolinda, aproveitem e visitem o site: http://www.deolinda.com.pt/

Comprar Carro

Geralmente sou uma pessoa calma, penso eu que até sensata, talvez até demais dizem alguns dos meus amigos, mas no entanto, de tempos em tempos algo vira o meu mundo de pernas para o ar e me tira do sério. É o que se tem passado nestas últimas semanas. A culpa... a culpa de tudo isto é que decidi comprar um carro.

Humm... Ora comprar um carro não é um problema em si, o problema é estar à espera dele tempos infinitos e sem saber ainda quando o vou receber. A verdade, é que por mil e uma razões o vendedor e o responsável comercial do Stand em causa me enchem de lenga-lengas e histórias de encantar enquanto me adiam a entrega.

Assim, posso dizer que vai longe Agosto 2009 (5 meses e alguns dias), foi quando me apaixonei por um VW Scirocco 2.0 TDI versão Sport e apesar de saber que tinha prazos de entrega de 3 a 5 meses decidi realizar na mesma um contracto pré-compra.

Sabendo das datas de espera em causa esperei calmamente até ao final de Janeiro de 2010, prazo em que a garantia de entrega do carro dada pelo Stand acabava. Passou a data mas nada de carro, bem na verdade, o carro já se encontra no Stand desde o fim de Dezembro de 2009, no entanto, devido a complicações internas vejo-me à espera da matricula à mais de um mês o que se está a tornar desesperante.

No entanto, o que me revolta mesmo não é exactamente a demora do carro mas sim a posição do Stand que não me dá uma data de entrega e pior que isso não me dá qualquer explicação para a situação em causa.

Ao menos, arranjaram-me um carro de substituição o que já não é nada mau.

O engraçado é que sempre que eu falo com alguém diferente lá do Stand eles dão-me desculpas diferentes para justificar o atraso. É um espectáculo. lol

1 - Ah... Tivemos um problema informático que afectou-nos o processo de facturação. Tivemos que instalar um novo software por causa do novo regime de contabilidade. (Bem, e eu digo : Isso demora um mês a actualizar?)
2 - Bem, tivemos um excesso de encomendas no último mês do ano que atrasou a entrega dos carros.
3 - Devido ao novo ano, a DGV só começara a lançar as matriculas apenas a partir de 13 de Janeiro. (Justificação inicial para os atrasos: Comi e calei porque realmente não tinha visto até essa data qualquer carro de 2010 na estrada e inclusive conhecia gente em igual situação. Bateu certo).
4 - Como mandou um carro para abate, o processo desses carros está atrasado. (Bem, o meu carro já foi para abate a meio de Dezembro e já tenho o papel do carro ter sido abatido. Humm, não faz sentido digo eu...)
5 - O processo na DGV de todos os carros com abate está atrasado. (Em resposta à minha afirmação a dizer que o meu carro já foi para abate. Bolas... que são lentos.)

Depois tento falar com o responsável comercial e o que me dizem :
1 - Está de férias. (Ok, e quem é o responsável quando ele está ausente? Ou isso fica ao abandono?)
2 - Está com um problema de saúde. (Ok, realmente com tanta dor de cabeça provocada por consecutivos atrasos até eu ficava doente, mas mesmo assim, volto a perguntar quem o substitui?)
3 - Ah, ele hoje está para Lisboa juntamente com todos os vendedores da VW. (Boa, realmente não os encontro não)

Bem, não há paciência definitivamente.

Seja como for, só peço que os responsáveis mudem de atitude, que sejam honestos e que me esclareçam a situação.

Ah... e que se possivel me entreguem o carro ainda hoje... eheh :D